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Inovação na Alimentação Escolar: Cardápios criativos e a valorização das cozinheiras

Quando se fala em inovação na educação, muitos pensam em tecnologia que impacte diretamente em novas formas de ensino ou avaliação. Mas tem um outro campo, tão importante quanto, onde a inovação também precisa acontecer: a alimentação escolar.

Mais do que cumprir um papel nutricional, a merenda escolar tem um impacto direto na aprendizagem, no bem-estar e até na autoestima dos alunos. Ela é um ponto de contato diário entre o estudante e o cuidado que o poder público oferece. É por isso que pensar a alimentação escolar de forma inteligente, criativa e conectada com a realidade de cada território é um investimento social de longo prazo.

Cardápios que refletem cultura, cuidado e participação

Hoje, há uma necessidade urgente de rever como são pensadas e implementadas as políticas de alimentação escolar. Isso envolve desde a elaboração de cardápios que respeitem hábitos culturais e valorizem ingredientes regionais, até a forma como as escolas se organizam para receber, armazenar e preparar os alimentos. Nesse cenário, a inovação aparece não apenas como aplicação de tecnologia, mas também como atitude: olhar atento, escutar ativa de quem está no dia a dia da cozinha e envolvimento dos alunos nesse processo.

Gestores públicos e equipes de alimentação escolar que se abrem para as novidades têm experimentado práticas de cunho transformador. A criação de cardápios participativos, por exemplo, é uma das formas mais eficazes de engajar o corpo estudantil. Quando os alunos se veem representados nas refeições, seja por ingredientes familiares ou seja por sabores que remetem à memória afetiva, a aceitação dos pratos aumenta, o desperdício diminui, e a alimentação cumpre com mais potência seu papel educativo e nutricional.

Nesse contexto, a valorização das cozinheiras é muito importante, pois são elas que garantem a execução prática das refeições escolares, principalmente no que tange preparo, organização e distribuição dos alimentos, sempre com atenção ao processo e cuidado no dia a dia da cozinha, criando uma conexão mais forte com os alunos e a comunidade escolar.

O uso de tecnologia para fazer a inovação

A inovação na alimentação escolar também depende de ferramentas que permitam mais planejamento e menos improviso. Tecnologias que auxiliam na montagem de cardápios equilibrados, organizam a logística de insumos e facilitam o registro das preparações ajudam a transformar boas intenções em políticas sustentáveis. O uso inteligente de dados e sistemas torna o processo mais transparente, eficiente e alinhado com os desafios do presente. Um exemplo disso é o sistema Alimentação Escolar Inteligente (AEI), da Lemobs, que foi utilizado no Estado de São Paulo, onde aconteceu o “Concurso de Melhores Receitas”, que ajudou na valorização do trabalho das cozinheiras escolares.

Foto: Marcelo Demonico

Concurso de Melhores Receitas sendo realizado em SP

Comida que transforma e conecta 

Foto: Marcelo Demonico

Virado a Planato, receita vencedora do concurso

Aliado à tecnologia, obviamente, há o principal: elemento humano. Cozinheiras, nutricionistas, gestores, professores e alunos formam a rede viva que sustenta a alimentação escolar todos os dias. Inovar, nesse contexto, significa criar espaços para escuta, troca e valorização dessas vozes. Muitas vezes, as soluções mais criativas nascem de quem está ali, com a mão na massa, literalmente. 

Foi isso que ficou evidente no Webinar “Concurso de Melhores Receitas: Inovação na Alimentação Escolar”, realizado no dia 26 de maio. 

Na ocasião, quem brilhou foram as verdadeiras protagonistas da cozinha: Maria Teresa Ferreira Laurindo, mais conhecida como Tia Tetê, e Claudia Ramos Galvão, a querida Tia Claudinha, ambas cozinheiras da Escola Estadual Maria Tereza de Jesus Paiva, em Mogi Mirim (SP).

Durante o encontro, Tia Tetê compartilhou o quanto a experiência do concurso impactou sua vida e sua rotina na cozinha: “Foi muito gratificante, a gente se sente valorizada. Saber que o nosso trabalho faz diferença, que nossa comida não é só alimento, mas também carinho e cuidado, é algo que não tem preço.”

Ela também destacou que o concurso foi muito mais do que uma competição, e que foi um espaço de troca, de aprendizado e de construção coletiva: “Além do reconhecimento, o concurso trouxe muita troca. A gente aprendeu muito com colegas de outras escolas, pegou ideias, adaptou receitas… São coisas que levamos pra vida e que mudam o nosso dia a dia na cozinha.”

E fez questão de mencionar que, em todo esse processo, contou com a parceria e o apoio da colega e amiga Tia Claudinha, que esteve ao seu lado em cada etapa, representando milhares de cozinheiras. 

Dessa forma, na alimentação escolar, a inovação pode ser simples e profunda: uma nova receita que encanta os alunos, uma escuta ativa da comunidade, uma gestão mais consciente dos recursos através da tecnologia. Para Giovanna Zoia, nutricionista da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, esse impacto ficou evidente: “Foi muito bonito ver como o concurso mobilizou toda a comunidade. Teve escolas que fizeram matérias nos jornais locais, postaram no site da prefeitura… E até nas formaturas dos alunos, muitas cozinheiras foram homenageadas. É incrível ver como essa semente vai se espalhando.”

No fim das contas, inovar na alimentação escolar não é só sobre tecnologia. É sobre escuta, sobre respeito, sobre enxergar quem faz a diferença todos os dias!

Se você perdeu o Webinar, assista na íntegra clicando aqui e confira mais um pouco sobre como a inovação e a tecnologia podem impactar a alimentação escolar. 

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Natasha Guedes
Natasha Guedes atua na Publicidade e é responsável pela criação de conteúdo da Lemobs. Com experiência em comunicação na área dos esportes, hoje se dedica para conteúdos voltados a governos, tecnologias e impacto. Entre suas paixões, a principal é a música.
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