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Economia Colaborativa: uma chance de transformarmos nosso comportamento

Ilustração com pessoas conversando

Você já parou para pensar na quantidade grande de coisas que você tem, consome e não usa? Se pararmos para analisar friamente, são muitos os itens que temos e raramente usamos. É o carro que fica mais tempo na garagem do que fora dela, é o quarto entulhado de móveis empoeirados em desuso,é a quantidade exorbitante de roupas também sem uso. Afinal, ‘’A marca da cultura de consumo é a redução do “ser” para “ter” , já dizia John Piper (1946) , um pastor batista norte-americano e também escritor.

Se pensarmos um pouco mais, chegamos  à conclusão de que esse conjunto de bens acumulados  gera uma grande quantidade de dinheiro parado além de um lixo futuro. E então, eis a pergunta: faz sentido deixar tudo isso juntando pó?

Repensando os formatos vigentes

Nesse sentido, surge o conceito de Economia Colaborativa ( compartilhada ou em rede, como chamam alguns). Ela representa a ideia de que, diante dos problemas sociais e ambientais cada vez mais agravados, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo de coisas. O foco aqui é o uso compartilhado e a gestão solidária de recursos. O processo nada mais é do que juntar alguém, seja este dono de um bem (material ou não), e um consumidor; e esta união pode ser feita por uma plataforma. É importante ressaltar que toda essa lógica gera, consequentemente , mais renda e impacto social ( aliado ao conceito de sustentabilidade).

E falando em Impacto social, pode-se dizer que esta é uma expressão em voga e que entrou de vez no vocabulário corporativo. Tal jargão carrega, principalmente, o redimensionamento do capitalismo, que gradativamente deixa de ser pautado no  princípio do hiper consumo e do sucesso financeiro a qualquer custo.

Hoje se dá lugar ao ideário do capitalismo consciente, doutrina idealizada pelo norte-americano John Mackey e pelo indiano Raj Sisodia. É o capitalismo que prega o aluguel de um carro ao invés de sua compra, o compartilhamento rotativo de bicicletas ao invés da posse destas e o uso dos espaços de coworking em detrimento dos prédios corporativos, por exemplo. E ,certamente, a economia colaborativa se insere nesse novo padrão mundial!

Economia Colaborativa nas Empresas

De fato, a maioria das empresas no Brasil foram moldadas em um sistema bastante centralizador, no qual há um controle individualizado nas mãos do proprietário ou administrador, o que resulta em hierarquias claramente definidas, processos metódicos e falta de liberdade. Apesar disso, muitas organizações atualmente subvertem essa lógica, seja pelo advento dessa nova ordem de capitalismo ou seja pelo crescimento da internet, que tem estimulado uma releitura de conceitos básicos de gestão e economia.

Tomamos como exemplo a gestão do conhecimento. Aqui, a nova premissa é a de que os talentos sejam gerenciados, de modo que cada colaborador compartilhe seus conhecimentos com os demais da organização. Os processos da empresa são integrados de forma que se estimule a aprendizagem coletiva.

Um dos principais exemplos de gestão de conhecimento atuantes hoje, principalmente em startups,é o Design Thinking, que é uma abordagem que estimula o surgimento ou a melhoria de novos produtos, serviços ou projetos, no qual as pessoas são colocadas no centro de desenvolvimento do produto , e todos os envolvidos na ideia trabalham em equipes multidisciplinares.

Economia colaborativa na gestão pública: é possível?

No setor privado conseguimos vislumbrar uma série de empresas que já fazem jus ao conceito de economia colaborativa. Temos a startup francesa de carona aérea Wingly que possibilita ao passageiro dividir o valor de um voo com outros passageiros interessados ; ou até mesmo o projeto conterrâneo da #Lemobs, o Caronaê, um sistema de caronas solidárias composto por pontos de caronas espalhados pelos campi de universidades parceiras, que conecta pessoas com destinos comuns.

Agora, pensemos na gestão pública. O setor público brasileiro, tradicionalmente, tem de administrar prédios próprios, que muitas vezes são subutilizados. Além disso, há o grande uso de recursos materiais móveis e imóveis, que geram gastos vultosos para a máquina pública.

Nesse sentido, o governo também pode se valer da economia colaborativa para racionalizar a gestão de um modo geral, afinal, passamos por um momento em que o modelo econômico do País está insustentável.

Medidas como o incentivo a plataformas tecnológicas para diminuir a utilização de recursos materiais, aliado a novas formas de gestão de conhecimento e processos dentro dos organismos públicos são o pontapé inicial para a mudança.

É com essa visão que nós, da #Lemobs, atuamos para construir cidades cada vez mais inteligentes e colaborativas, através da solução SIGELU, que revoluciona e desburocratiza os processos dentro das Prefeituras.

Para saber mais a respeito de Economia e Consumo Colaborativo no Brasil e no mundo acesse o site Consumo Colaborativo. 

 Texto escrito por Marcella Santos.

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