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Obesidade Infantil: A mudança pode vir das escolas

Capa Obesidade Infantil
Criança com balança
Imagem: Freepik

A obesidade infantil é uma crise silenciosa que cresce a um ritmo alarmante em todo o mundo. Para aumentar a conscientização sobre esse problema, o a Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil é celebrado em junho, com o objetivo destacar a gravidade dessa questão que afeta milhões de crianças globalmente, sendo uma condição complexa e multifacetada. Sua crescente é resultado de uma combinação de fatores políticos, econômicos, sociais e culturais.

No Brasil, a situação é particularmente preocupante: o número de crianças com excesso de peso e obesidade é quase três vezes maior que a média mundial. De acordo com dados do SISVAN/Ministério da Saúde, 14,2% das crianças de zero a cinco anos estavam nessa condição em 2022, comparado a uma taxa global de 5,6%.

Alimentação ultraprocessada: Um dos fatores

A exposição das crianças desde cedo a alimentos ultraprocessados, ao invés de consumirem alimentos saudáveis, como frutas e verduras ou minimamente processados, é um dos motivos desses números alarmantes. A má alimentação e a diminuição das atividades físicas podem levar a dificuldades respiratórias, aumento do risco de fraturas, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e efeitos psicológicos, como baixa autoestima, isolamento social, transtornos alimentares, entre outras doenças graves.

Como podemos reverter essa tendência e promover hábitos mais saudáveis? 

Uma das respostas na luta contra a obesidade infantil é a alimentação escolar. A escola é um ambiente chave onde hábitos alimentares saudáveis podem ser promovidos e estabelecidos. 

PNAE: Um aliado nessa luta

Na contramão dos ultraprocessados, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) comporta um papel importante na promoção de uma alimentação saudável na rede pública, sendo considerado internacionalmente um exemplo de política pública eficaz no combate à má alimentação, atendendo mais de 40 milhões de estudantes em todo o país e oferecendo 50 milhões de refeições diárias em colaboração com estados e municípios. 

Recentemente a Lei 11.947, conhecida como Lei da Alimentação Escolar, que dispõe sobre o atendimento da educação básica, assegurando uma alimentação adequada e a infraestrutura necessária nas escolas públicas, completou 15 anos. Ela é um grande marco no PNAE, e foi instituída com o objetivo de garantir que todos os alunos matriculados na educação básica da rede pública tenham acesso a refeições nutritivas e balanceadas. 

Desafios e oportunidades

No enfrentamento da obesidade infantil, nos deparamos com desafios, como a resistência à mudança de hábitos alimentares, a disponibilidade limitada de recursos financeiros e infraestrutura nas escolas, e a falta de conscientização sobre a importância da nutrição. No entanto, esses desafios também nos mostram oportunidades de inovar. 

O sistema Alimentação Escolar Inteligente (AEI), além de fornecer ferramentas e recursos para facilitar a promoção de hábitos alimentares saudáveis nas escolas, valorizar a produção da agricultura local para fornecer alimentos frescos e ao investir na preparação de refeições saudáveis nas escolas, criando oportunidades reais de transformar os desafios da obesidade infantil em iniciativas que promovam hábitos alimentares mais saudáveis. 

1. Identificação através do IMC

Para combater a obesidade, é essencial identificar as crianças que estão acima da curva do Índice de Massa Corporal (IMC). O AEI utiliza ferramentas de monitoramento do IMC para rastrear o crescimento e o peso das crianças. Isso permite intervenções direcionadas que podem fazer toda a diferença na saúde das crianças. Com dados precisos, os gestores escolares podem implementar programas específicos para as crianças mais necessitadas.

Tela do AEI para IMC
Imagem: AEI/Lemobs

2. Cardápios que priorizam alimentos com qualidade nutricional

A criação de cardápios escolares que priorizam alimentos naturais e minimamente processados é fundamental. O AEI ajuda na elaboração de cardápios balanceados, substituindo ultraprocessados por frutas, legumes, verduras e proteínas magras. O sistema pode fornecer receitas, listas de compras e até planos de refeições semanais, garantindo que as refeições oferecidas nas escolas sejam nutritivas e equilibradas.

Unir esforços para fazer a diferença

Ao unir esforços entre escolas, comunidades, profissionais de saúde e autoridades locais, podemos implementar soluções completas que não só melhorem a qualidade da alimentação, mas também envolvam todos na comunidade escolar de forma ativa. Assim, transformamos os desafios da obesidade infantil em iniciativas eficazes que promovam hábitos alimentares

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Natasha Guedes
Natasha Guedes atua na Publicidade e é responsável pela criação de conteúdo da Lemobs. Com experiência em comunicação na área dos esportes, hoje se dedica para conteúdos voltados a governos, tecnologias e impacto. Entre suas paixões, a principal é a música.